segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Seitas e receitas (1)



Seitas e receitas (1)

Ingredientes

Um namorado fresco. Patinho e peixinho resfriados. Ideias e panaceias congeladas. Coxão mole e coxão duro; alcatras, picanhas e maminha; ponta de agulha, fraldas e fraldinhas. Rabo de lagartixa, 1 Kg de lagarto e a metade de um tatu. Perna de seriema e rabo de urubu. Gogó da ema e concha de urutu. Cupim e capim com corte na raiz. Juízo de boi, dobradinha de livro e mocotó. Rabinho, as tripas, as orelhas e o focinho. Rabo de peixe e moela de taturana. Dentadura de enguia moreia e o dedo de uma mocréia.

Um punhado de moscas e raspas de noz moscada. Leite em pó, leite condensado e leite evaporado. Leite de rosas e leite de colônia. Cactus, mandacaru e xique-xique do sertão. Palmatória do inferno e cabeça de frade da caatinga. Óleo da catinga de glândulas, de bode selvagem ou wild musk. Ovo de cágado, jabuti e lagartixa; e pedaços de linguiça. Uma perna de aranha surda. Pimenta Bueno, do reino e do povo.

Ovos, de pata, perua e galinha; de galinha d’angola e da galinha da vizinha; ovas de peixe galo, manjubinha, e ovas de esturjão. Pato, patinho, pata e patinhas de caranguejo. Siri, seriema e seriguela. Asa de morcego cego e asa de frango capenga de uma perna. Asa de cobra sem pescoço. Pescoço de peixe, e dente de galinha. Bigode de gato e pulga de cão. Unha de sabiá, preá e gambá. Penas e plumas de ornitorrincos do deserto.

Uma pitada de sal marinho e outra de sal amargo. Aipo, salsão e salsinha; alho porró e cebolinha. Pó de cúrcuma, pó de urucum e pó de fraldinha. Pó de arroz e feijão de corda. Mel de abelhas e mel de engenho. Corante de abobora, jerimum e salmão. Caldo de galo e de galinha. Pé de peixe, antenas de barata, e pé de galinha pequenininha. Fígado de sapo, rã e perereca, ou gia. Essências tiriricas e cítricas: de tangerina, de mexerica e de bergamota; pokan e morgote. Limão, siciliano, verdadeiro, bravo, cravo e galego. Um ramo de baunilha imerso em alcatrão. Sal de fruta, bicarbonato e batata de purga. 

Fermento químico, físico, ou biológico. Use a raiz de gengibre, caso não encontre a de mandrágora em caixa de pandora. Vinho madeira e videira, vinhedo e vinhoto dos vales e valinhos. Veneno de jararaca ou captopril. Soro de cobra coral e caninana. Tomates da horta de casa, e da porta do cemitério. Passas e ameixas, tâmaras e tanajuras. Nozes e vozes. Passos e passinhos, com lenha e carvão.


A seguir:
Seitas e receitas (2)
Modo de preparo

Entre Natal e Parnamirim/RN ─  01/09/2014







Texto produzido para: Publikador e blogs

Texto disponível em



Palavras Chaves: gestão; qualidade; conhecimento; alimentos

Palabras Clave: gestión; la calidad; el conocimiento; alimento

Key Words: management; quality;  knowledge; foods




CMEC/FUNCARTE
Cadastro Municipal de Entidades Culturais da Fundação Cultural Capitania das Artes

Natal/RN




Roberto Cardoso








PRÊMIO
DESTAQUES DO MERCADO - INFORMATICA 2013
Categoria Colunista em Informática




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Informática em Revista-Natal/RN



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Colunista/Articulista
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Sócio Efetivo do IHGRN
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Saberes e Sabores: Café

Saberes e Sabores: Café

Tomar um cafezinho pode parecer um ato muito simples, como pode provocar um resgate de ideias e conhecimentos necessários para decidir qual café escolher, como preparar e como tomar. O processo de uma tomada de decisão para decidir qual café escolher e beber. 

Conhecimentos históricos e geográficos começam a desfilar pela mente na escolha dos grãos de cafés utilizados no preparo. A começar pela introdução das primeiras sementes e mudas chegadas ao Brasil, introduzidas a partir de contrabandos discretos junto às fronteiras do norte do país. Passando pelas lembranças da política café com leite quando a predominância governista era proveniente dos lideres políticos paulistas e mineiros, e a herança da influencia holandesa ao misturar o café com o leite, estabelecendo um item matinal.  

O interior do Estado do Rio de Janeiro já foi ocupado por inúmeras fazendas cafeeiras que hoje preservam a sua historia com o turismo rural e hotéis fazendas. A Floresta da Tijuca ocupa uma boa parte do município do Rio de Janeiro, um dia a área da atual floresta já foi uma plantação de café. A fazenda foi extinta e a região foi reflorestada com plantas nativas e preservada, tornando-se hoje a maior floresta urbana do mundo, chegando a uma altitude máxima de aproximadamente mil metros, com o Pico da Tijuca. Com outras elevações menores, formam divisores de água e uma barreira de ventos e umidade. 

Outrora denominado como ouro negro, grandes embarques de café ocuparam as docas e os armazéns do porto de Santos/SP, trazendo divisas para o país, fazendo destaque na balança comercial. Antes o café era embarcado ensacado, e saca por saca era carregada pelos estivadores, da plataforma até os porões dos navios. Hoje o embarque é feito unitizado em contêineres, em embalagens diversas, estivados e fumigados em terminais fora da área portuária, sendo vistoriados e lacrados, para então serem encaminhados ao porto para aguardar o embarque. 

Escolher um café é fazer uma escolha geográfica de cafés plantados na região de predominância, o sul de Minas ou o norte de São Paulo, onde estão as maiores plantações cafeeiras no Brasil. Escolher um grão é optar por latitudes e longitudes, optar por altitudes e as variedades de zonas climáticas, dos cerrados, das chapadas ou das matas. 

Depois de escolhidos e classificados os grãos vem a escolha da torra perfeita a cada paladar. A torrefação tem como referencias de um café claro a um café escuro de acordo com tempos e temperaturas que podem determinar e variar os sabores e aromas desde os mais suaves aos sabores mais marcantes, definindo bem suas identidades mais pronunciadas. Após a torra vem o processo de moagem, que pode ser à frio ou com os grãos ainda quentes logo após o processo de torra.   Terminadas as tarefas de plantio e colheita, torra e moagem, escolhidas as embalagens, em potes ou pacotes, à vácuo ou embalagens tipo saches ou almofadas, vem a ciência do preparo ao escolher o tipo de coador a ser usado, e a temperatura da água a ser vertida sobre a quantidade determinada do pó.  

O homem morador dos grandes centros sem sequer ter conhecido uma plantação ainda pode misturar grãos, tal como mistura seus conhecimentos e suas informações adquiridas, criando ideias e novos conhecimentos, as expertises e as visões transversais. Cruzando conhecimentos e cafés simples e aromatizados, misturando grãos comuns e diversificados com outros blends que são a certificação de suas qualidades e origens.  

 Entre Natal e Parnamirim/RN ─  08/12/2013
Jornal de Hoje      

PRÊMIO  DESTAQUES DO MERCADO - INFORMATICA 2013
Categoria Colunista em Informática  
Palavras Chaves: gestão; qualidade; conhecimento 
Palabras Clave: gestión; género; conocimiento 
Key Words: management; gender; knowledge   

Roberto Cardoso (Maracajá) 
ESTRATEGISTA 
023.1461.13 CMEC - Cadastro Municipal de Entidades Culturais Fundação Cultural Capitania das Artes FUNCARTE Natal/RN
Cientista Social 
Jornalista Científico
Reiki Master & Karuna Reiki Master 
Colunista em Informática em Revista  
Sócio Efetivo do IHGRN  (Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)  
e-mail:  rcardoso.gti@terra.com.br e-mail: rcardoso277@yahoo.com.br   

   http://www.recantodasletras.com.br/artigos/5365248


Saberes e Sabores: Leite

Saberes e Sabores: Leite