Entre
Tríades e Plêiades
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Constelações, nebulosas,
sistemas solares, e sistemas diversos; astros fixos e navegantes. Um olhar para
o céu, e um olhar para um infinito de estrelas. Um olhar para perto, outra
infinidade de astros, artistas ou literários, os astros de uma tal cidade. Uns
podem passar como cometas, outros giram em torno de um outro astro, aquele que
o consideram como uma estrela maior, uma estrela de quinta grandeza, a luz que
ilumina seus dias e se oculta formando a noites de estrelas pintadas no céu,
para novas ins(pirações). E um evento aconteceu na tal cidade, e no bel local.
O mundo se torna cada vez mais
rápido e os eventos se tornam e-ventos, quando sentimos que tudo passa muito
rápido. Rápido como um vento que passa, onde só fica a sensação de algo que
passou. É preciso tirar fotos para não cair no esquecimento. Já não é
suficiente escrever, é preciso ter a foto do lançamento. A prova documental
para quem não esteve presente ao momento. A foto como documentação do ato e do
fato. Acontecem os lançamentos, e outros lançamentos já estão agendados e
aguardados. A palavra lançamento define um ato, e uma velocidade, da condição
estática com velocidade zero a uma condição do movimento em direção ao espaço
sideral, onde não há o tempo, somente o presente, diante da escuridão. É
preciso aterrissar para ver a luz. E um livro foi lançado e fotografado, no seu
lançamento, caso contrário sua data, e suas imagens, estariam perdidas no tempo.
E na mente dos que ali estiveram presentes, mais ficou uma amostra para os
ausentes.
Um lançamento com astros e
espaçonaves. Em meio a livros e estantes, rodízios de sólidos e líquidos, com
taças de espumantes, passavam em discos voadores sobre as cabeças dos
convidados. Instrumentistas e percursionistas, com vozes e instrumentos,
quebravam o silencio do ambiente literário, em meio ao burburinho de conversas
e declamações. Vieram os poetas e os repentistas, os declamantes, e no chão ali
mesmo fizeram seu palco, fizeram a sua rua com suas performances, com gestos e
vozes.
A arte, o tempo e o espaço,
todos ali presentes. Tempo, passado e tempo presente, com olhos no tempo futuro.
O Josué se tornou José permanecendo de Castro, e à gosto no bel lugar devera se
relançar. A Mágica de Oz Any, em todos os lugares procura estar. Do Thiago que
se fez Gonzaga, à representação genealógica atual de Aluísio de Azevedo. A Sandra
letrada e psicóloga, entre estantes, formando corredores de livros, administra,
e ainda se faz celeste. E em meio as prateleiras, estantes e livros, um espaço
foi aberto. Poderia ser o buraco negro da literatura, um lugar onde não há
livros, apenas ideias. Ideias imateriais que um dia ainda podem se materializar
em livros. Podem sair de mentes, e das mentes, para que outras mentes possam visualizar,
ver, sentir e cheirar; sentir o cheiro de livro novo com ideias novas.
O homem foi feito com o barro,
e foi com o Barros que foi realizado o encontro de artistas e poetas. Leitores,
produtores e escritores, a cadeia orgânica, fisiológica e literária. A
diversidade de ideias e categorias proporcionou uma diversidade de acepipes, da
empadinha de ginga com jiló ao suco de seriguela com ramos perfumados de
jamelão. Bombons e trufas escondidos em caixinhas, na mais alta categoria, com
finas iguarias, como tapurús e rapadura, as iguarias da terra, discriminadas
pela alta gastronomia internacional das lesmas e ovas. Tamanha era a
diversidade, de livros, salgados e celebridades, ali na Salgado, entre a BR e o
(a) Hermes, não importam ruas, estradas ou avenidas, os mitos ou as ideologias.
A poucos metros da metade do caminho. No bel lugar de sempre, com portas
literárias abertas, bem além das quintas feiras, criando quintas interpretações
e dimensões.
A reunião era para confraternização
de uma tripulação, três autores e três personagens, tudo é uma questão de
pontos de vistas. Uma Tríade estava presente naquele momento, para um novo
lançamento. Uma nave do conhecimento, um livro, uma ideia seria lançada. Uma
tríade formada por nomes de seres ou indivíduos de sistemas e planetas diversos;
como a rainha de Jardia, que esteve com os Maias, personagem de batalhas
cinemáticas e intergalácticas. Um representante dos textos bíblicos como
Emmanoel, a presença de Deus, e um comandante da nave interestrelar, um nome
militar, o Ferreira Fontes na categoria de Major. A tripulação formada por uma
tríade estava à postos, cada qual em sua especialidade e categoria, do popular
à filosofia, passando pelo fescenino.
E foi no bel lugar, na tal
cidade que uma nova ideia foi lançada. A mesma cidade que sempre esteve aberta
para portugueses e holandeses, franceses e italianos, americanos e anglicanos.
Um dia ela ainda vai se descobrir e construir sua própria identidade. E ela já
tem sua base de lançamento, para foguetes e aviões.
NAT
- Natal
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