A
velocidade da informação
Quando surge o assunto sobre
velocidade de informação, logo associamos ao fato de acontecer um evento, um
acontecimento. E este evento ser divulgado rapidamente pelos meios de
comunicação. A comunicação evoluiu e continua evoluindo. De primeiro a notícia
corria de boca em boca difundindo entre as pessoas mais próximas. Chegou a uma
época que gazeteiros gritavam pelas ruas, citando manchetes, para venderem
edições jornalísticas e extraordinárias, onde podiam ser encontrados os
detalhes por letras de imprensa, em jornais impressos e gazetas rodadas em
ultima hora.
O uso do alto falante
antecedeu aos rádios receptores. Rádios comunitárias divulgavam notícias e
informações com uma rede de alto falantes, em cidades e comunidades, sem outros
canais formais de informação. Com a popularização do rádio, passou a ser por
noticiários radiofônicos, e em edições extraordinárias, as ultimas noticias,
dos últimos acontecimentos. Daí que o radio ganhou uma liderança na divulgação
de notícias.
A televisão se popularizou, e
assumiu a liderança da notícia extraordinária. Jornalistas puderam chegar ao
local do evento, e transmitir notícias e imagens diretas e ao vivo, sobre o que
estava acontecendo nas ruas. Fatos mais distantes, em outros países e
continentes, puderam utilizar do sistema via satélite.
As mídias e as variedades de
transmissão, de notícias e informações, evoluem sem esquecer as anteriores.
Ainda que os denominados homens das cavernas pudessem ter as paredes rochosas e
paredes de cavernas, como mídia de transmissão de informação e conhecimento.
Ainda hoje professores escrevem suas aulas em quadros nas paredes, enquanto
grupos picham muros e paredes pelas ruas.
Primeiro os professores
usaram lousa (quadro negro) e giz, apagavam o que estava escrito com o recurso
do apagador. Evoluíram para quadro branco e canetas hidrográficas, continuaram
com o recurso do apagador. Hoje com salas multimídias jogam uma imagem pronta,
com recursos luminosos, sobre uma tela na parede. Apagam as imagens luminosas com
o recurso do interruptor, apagando a lâmpada que proporciona a imagem. O
pichador evolui para grafiteiro. Pinta obras de artes com técnicas e cores, em
muros e paredes espalhadas pelas cidades, com tons cinza do concreto e do
cimento. A cidade sai de um tom cinza para tons coloridos, até que o tempo
apague os grafites pintados.
Fofoqueiros de plantão no
portão e nas esquinas, também ocupam seus lugares, como divulgadores de noticias
entre grupos de moradores, que transitam em um vão e vêm. Os fofoqueiros das
esquinas dão noticias do dia e da hora mais recente, a quem chega ou sai. Trabalham
em dupla para que o posto de vigia não fique sem um observador, do que acontece
ou de quem passa. Observam, escutam e divulgam como um pássaro bem-te-vi. Escutando
aqui e divulgando ali.
Agora as redes sociais
lideram a divulgação dos fatos. Cidadãos comuns com celulares e câmeras fotográficas
em mãos, agora podem postar rapidamente um fato em redes sociais. A
credibilidade da notícia vai depender da credibilidade de quem postou. Mas como
uma informação básica e inicial, é válida. Depois basta acompanhar o noticiário
reconhecido e autorizado, para identificar e verificar o que pode ter chegado como
primeira mão de um acontecimento, nas redes sociais. Uma postagem é feita na
internet, para aqueles que passam a maior parte do dia vigiando o que acontece
nas ruas por uma janela (Windows).
Da
informação surge o conhecimento. Alguém em alguma parte do planeta pode neste
momento estar escrevendo, lendo ou comentando um assunto relacionado ao assunto
abordado aqui neste texto. E bastando que alguém faça uma postagem transmitindo
uma informação com compatibilidade com o texto, que o conhecimento já pode
fazer parte do conhecimento aqui disponibilizado. Tal como o texto publicado: Homo natalensis II publicado no Jornal
de Hoje no dia 27/10/14 em Natal/RN. Enquanto era escrito o texto, Roseli
Gonçalves estava a caminho de Frankfurt lendo um livro de Edgar Morin. E postou
em rede social parte do texto que estava lendo.
[
...] "La Voie" (A Via), do pensador francês Edgar Morin, por Roseli Gonçalves, em
transito para Frankfurt. Uma citação em um artigo, não necessita exatamente
estar em um livro ao lado do escritor. A fonte pode estar em outro continente
no momento da escrita.
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