A
contabilidade nas mãos
- A
segunda conta de um conto (**)
PDF 267
(*) Texto
publicado originalmente em mídia impressa: Contabilidade em Revista, página 12.
Ano 1 – N°01 – Outubro/2014 – Natal/RN.
(**) Texto enviado
para publicação em mídia impressa: Contabilidade em Revista. Ano 1 – N°02 – Novembro/2014 – Natal/RN.
Dois textos, duas partes. Duas
mãos, duas partes e duas porções. Um punhado de ideias. Um conhecimento que
circula nas ruas, a partir do conhecimento do povo. As estratégias do povo para
construir a informação e o conhecimento, a cultura de um povo. Sobre uma mão de
milho. A justificativa de uma mão de milho corresponder a cinquenta espigas. O
conhecimento perdido na história e nas ruas.
A academia do conhecimento se
apropria do conhecimento do povo, e domina um conhecimento como sendo seu, produzido
por seus pensadores acadêmicos. Daí então formata e relata ao seu modo e critérios.
Fazendo o conhecimento apropriado circular em um meio denominado como científico,
formado por pensadores formados, com suas estratégias e instrumentos, academia
e pensamentos. A cultura e o conhecimento emanam do povo. Danças e canções são
as estratégias do povo para transmitir um conhecimento, de geração para
geração, de um lugar para outro lugar.
A
primeira conta de um conto (*)
Contabilidade em Revista. Mais
uma revista colocando e levando, o conhecimento às mãos. A informação contábil
vista com auxílio das mãos, revista e revisada, atualizada nas mãos. Mãos que
tocam, escrevem, digitam, folheiam e somam.
O conhecimento chega pelo
auxílio e manuseio das mãos. São as mãos com auxílio dos braços que chegam mais
longe, e alcançam estantes ou prateleiras, para pegar um livro ou uma revista.
Sobre uma mesa ou balcão, são as mãos que com o auxílio dos dedos, que seguram
e manuseiam revistas e livros. Folheando e passando as páginas, para que os
olhos possam escanear e compreender símbolos e imagens. O que está escrito e
divulgado, nos textos, nos artigos, nas imagens, e nos serviços prestados pelos
anunciantes. Ainda que sem um apoio, para livros ou revistas, as mãos e os
dedos fazem o desfile de símbolos e imagens para os olhos.
As mãos e os dedos manuseiam
teclados de aparelhos conectados a internet, para obter informações e
conhecimentos, para serem colocados diante dos olhos. Tal como um passar de
dedos para mudar de página, um passar de dedos muda de mensagem. A repetição
dos gestos em livros e revistas, para os computadores e comunicadores de mão.
A visão levará ao cérebro as
informações contidas nas imagens. Informação e conhecimento para ser armazenado
e processado, em situações momentâneas e situações futuras. Um dia o contador
foi conhecido como guarda-livros, hoje ele guarda informações e conhecimentos.
As imagens antigas e
encontradas, pintadas em cavernas e paredões de pedra, foram feitas pelas mãos
de quem queria passar uma informação aos que ali estavam presentes. Ou mesmo
para aqueles que ainda chegariam para obter informações, no abrigo do
conhecimento. Até hoje os professores repetem o gesto de escrever e descrever em
paredes. Em locais abrigados do tempo e da chuva, denominados agora como
escolas e colégios.
Quanto o homem deixou de ser
nômade, fixou-se em uma habitação. Ali no entorno pode plantar e criar. Com a
mão e um dedo apontou a direção. Com as mãos colheu e caçou, domesticou e domou
plantas e animais. Plantou e criou, colheu e coletou plantas e animais.
E foi com o auxílio das mãos e
dos dedos que pode contabilizar seus animais e sua produção. Contou nos dedos
suas tarefas e produções. Quando sua criação ou produção alcançou números
maiores que dez, com auxílio das mãos pode juntar pequenas pedras e fazer
pequenos montes de dez. Mesmo sem conhecer ou reconhecer os números, seus olhos
podiam fazer comparações, nas porções amontoadas. Com quem folheia uma publicação,
com um passar de pedras de um lado para o outro pode calcular seus
conhecimentos e contabilizar seus bens.
Entre Natal e Parnamirim/RN ─
19/08/2014
(*) Texto publicado originalmente
em mídia impressa: Contabilidade em Revista, página 12. Ano 1 – N°01 – Outubro/2014
– Natal/RN.
E cada qual estabelece os
valores de suas tarefas, de seus trabalhos de criação e de colheita, para
determinar valores e necessidades. Cada qual estima o quanto custou seus
esforços e seu suor, o quanto vale aquilo que produziu. E o quanto pode pagar
pelo que não produziu, mas precisa. Estratégias para fazer um escambo, uma
troca entre mercadorias diferentes.
Há indícios bíblicos de que a
contabilidade começou há muitos anos, antes da Era Cristã. Reis e rainhas precisavam
controlar seus súditos e seu reinado, diante de fortunas e bens acumulados. E
se algo acontece em um ponto do globo, acontece também em outro ponto do globo.
Uma ideia pode surgir em vários pontos do planeta. Prevalece o conhecimento,
daquele que fez anotações e pode transportar seu conhecimento. A história
escrita prevalece sobre a história oral. E para entender algo que não foi
escrito, é preciso se transportar no tempo, pensar como alguém de um
determinado tempo possa ter pensado ou imaginado. Atravessar o tempo tal como
arqueólogos fazem. Montando quebra cabeças com peças encontradas.
Todos sabem afirmar que uma
mão de milho corresponde a cinquenta espigas. Mas ninguém sabe dizer onde
começou; de onde vem esta história de uma mão de milho corresponder a cinquenta
espigas. Assim podemos partir de uma dedução para criar uma explicação. Aquilo
que não se sabe, analisa-se e interpreta-se.
Vamos supor que em um tempo
distante, pessoas cultivassem milho e desejassem negociar. Levavam sua produção
para as feiras que aconteciam em outras cidades. Vamos supor que os negociantes
não soubessem contar, não soubessem usar os algarismos, e muito menos executar
operações aritméticas. Para efetuar negociações tinham que criar estratégias.
Estratégias que tivessem a certeza de não estar sendo lesado. Alguém lá neste
tempo distante levou sua produção para uma feira, e teve a ideia de formar
lotes de espigas de milho. Como não sabia contar e usar os números, então usou
os dedos, e fez lotes de espigas. Uma certeza ele tinha, a quantidade de dedos
que tinha nas mãos, o interessado em adquirir o milho também tinha. Assim
formou lotes de dez espigas, montando 4-3-2-1 espigas. Montou lotes tal como a
quantidade de dedos nas mãos. Talvez dez espigas até pudessem ser carregadas
com o auxílio das duas mãos.
O interessado em adquirir
espigas, como não sabia contar também, usou os dedos para se comunicar, uma
comunicação matemática. Com uma mão espalmada, e a outra segurando rédeas,
declarou ao dono das espigas que desejava cinco lotes. Cinco dedos, cinco
lotes. Como cada lote montado tinha dez espigas, o interessado em adquirir
milho, levou cinco lotes de dez espigas, totalizando cinquenta espigas.
E assim fica teorizada a
origem de uma mão de milho corresponder a cinquenta espigas. Inventamos? Não!
Teorizamos. E quem tiver uma ideia melhor que apresente.
(**) Texto enviado
para publicação em mídia impressa: Contabilidade em Revista. Ano 1 – N°02 – Novembro/2014
– Natal/RN.
A
contabilidade nas mãos
PDF 410 – Versão para
Publikador.
Roberto Cardoso (Maracajá)
ü
IHGRN – Instituto Histórico e Geográfico do Rio
Grande do Norte
ü
INRGN – Instituto Norte-rio-grandense de
Genealogia
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PREMIO DESTAQUES DO MERCADO na categoria
Colunista em Informática – 2013.
ü
PREMIO DESTAQUES DO MERCADO na categoria
Colunista em Informática – 2014.
ü
Escritor; Ensaísta; Articulista
ü
Jornalista Científico (FAPERN-UFRN-CNPq).
ü
Desenvolvedor de Komunikologia.
Texto também disponível em:
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